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Fonte: CFF

Brasília, maio de 2025 – Nesta semana em que se comemora o dia 5 de maio, Dia Nacional do Uso Racional de Medicamentos, o Conselho Federal de Farmácia (CFF) lança uma campanha que destaca a confiança da população no farmacêutico como profissional essencial à segurança do paciente no uso de medicamentos. A campanha tem como tema: “O que a população já sabe, o Brasil precisa ouvir: farmacêutico é confiança.”

A campanha se baseia em uma pesquisa inédita, realizada em abril de 2025, pelo Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ) com o Instituto DataFolha. O estudo, que abrangeu uma mostra de 2.009 brasileiros, em todas as regiões do país, revelou dados contundentes:

  • 64% da população (cerca de 101,8 milhões de pessoas) acreditam que a atuação do farmacêutico reduz as chances de automedicação.
  • 54% (cerca de 86,3 milhões de pessoas) dizem confiar na prescrição de medicamentos realizada por farmacêuticos.

A região Norte apresenta o cenário mais contrastante: apesar de registrar a menor confiança na prescrição feita por farmacêuticos (50%), é a região onde mais pessoas acreditam que essa prática reduziria a automedicação — 73%, o índice mais alto do país. Isso sugere que, embora a confiança direta ainda seja mais limitada, há uma grande expectativa quanto ao potencial transformador da atuação farmacêutica para prevenir riscos associados à automedicação.

O estudo foi realizado por meio de entrevistas presenciais em pontos de fluxo populacional, com margem de erro de 2 pontos percentuais e 95% de nível de confiança. O público entrevistado representa a população com 16 anos ou mais, conforme dados do Censo IBGE 2022.

Os dados vêm à tona em um momento controverso, em que a prescrição de medicamentos por farmacêuticos, instituída há 12 anos, está sendo questionada judicialmente pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). Três resoluções do Conselho Federal de Farmácia (CFF) que disciplinam a prescrição farmacêutica estão suspensas temporariamente por força de liminares judiciais. 

O argumento acolhido para a suspensão das resoluções ignora os vetos à Lei do Médico, que RETIROU do rol de atividades privativas dos médicos prescrição e diagnóstico. E, conforme o resultado da pesquisa, ignora também a opinião do cidadão, que regularmente vai às farmácias de todo o país em busca de resolutividade para os seus problemas de saúde. Resolutividade que ele encontra cada vez mais qualificada. 

Desde 2017, a formação dos farmacêuticos está voltada ao cuidado direto ao paciente e inclui o desenvolvimento de habilidades para a realização de anamnese, solicitação, realização e interpretação de exames, entre outras diversas atividades clínicas.

Automedicação - Além dos dados de percepção, a realidade brasileira reforça a urgência da pauta: mais de 90% da população se automedica, segundo levantamentos anteriores do próprio ICTQ e do CFF. Importante ressaltar ainda que o SUS gasta aproximadamente R$ 62 bilhões por ano tratando danos provocados por uso incorreto de medicamentos, cinco vezes mais do que o sistema gasta provendo as farmácias públicas.

Outro dado preocupante: o tempo médio de espera por uma consulta no SUS é de 57 dias, podendo ultrapassar 150 dias no Distrito Federal (fonte: DataSUS/SISREG). Nesse cenário, o farmacêutico, presente em milhares de unidades básicas de saúde e farmácias em todo o país, representa um ponto de acesso imediato, qualificado e seguro.

“A confiança da sociedade no farmacêutico não é uma narrativa criada por uma categoria profissional. Ela vem dos dados. Dos resultados. Da vivência real da população. E confiança, quando se trata de saúde pública, precisa ser respeitada”, afirma o presidente do CFF, Walter Jorge João.

Mais informações e materiais da campanha estão disponíveis em cff.org.br.

O país abriga cerca de 20% da biodiversidade mundial, mas apenas 5% são explorados

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Agricultores e parlamentares articulam mais apoio à bioeconomia com plantas medicinais. Representantes de dois ministérios e da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag) se reuniram em seminário na Câmara dos Deputados organizado pela Frente Parlamentar de Economia Popular e Solidária.

O país abriga cerca de 20% da biodiversidade mundial, mas apenas 5% são explorados, segundo o coordenador do Colaboratório de Ciência, Tecnologia, Inovação e Sociedade (Ctis) da Fiocruz em Brasília, Wagner Martins. Ele afirmou que o programa da Fiocruz prevê a implantação de estações de processamento de plantas medicinais em assentamentos de agricultura familiar.

“É um dispositivo em que a comunidade de uma determinada região vai poder processar as plantas, tirar os extratos, os óleos, fazer a secagem e gerar insumos para serem usados tanto pelo SUS quanto pela iniciativa privada”, afirmou.

Essa estação pode incentivar uma indústria local de produtos fitoterápicos a ser desenvolvida e também pode ser base para a produção de cosméticos, segundo Martins. Mas ele enxerga dificuldade para implantar o programa em 13 estados, como previsto, pois o custo de cada estação estaria em torno de R$ 1 milhão.

Para viabilizar o programa, a Fiocruz articula ação com outros setores, como os ministérios do Desenvolvimento Social (MDS), do Desenvolvimento Agrário (MDA) e da Saúde, além da Fundação Banco do Brasil e da própria Câmara dos Deputados. A coordenadora-geral de formação e fomento à assistência técnica e extensão rural do MDA, Regilane Fernandes, admite a limitação de recursos.

“Nós temos ainda recursos limitados para a agricultura familiar, então precisamos de uma força-tarefa aqui da Casa legislativa para assegurar, a cada ano, um orçamento compatível com a demanda e com a capacidade de organização produtiva da agricultura familiar", disse.

Cada estágio terá duração de um mês e os participantes vão contar com ajuda de custo para transporte, hospedagem e alimentação.

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Está aberto o processo seletivo para residentes de programas de residência médica e de residência em área profissional da saúde (uni ou multiprofissional), credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) ou pela Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS). Os candidatos selecionados vão atuar na atenção à saúde das populações do campo, da floresta e das águas, os povos indígenas, às pessoas em situação de rua e às pessoas transgênero. A iniciativa do Ministério da Saúde, em parceria Hospital Sírio-Libanês (HSL), no âmbito do Proadi-SUS, busca contribuir para a integralidade do cuidado e o fortalecimento das políticas de equidade em saúde.

As inscrições podem ser feitas na página do processo seletivo até o dia 14 de março

Durante a formação, os residentes terão a oportunidade de vivenciar experiências práticas do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir da integração ensino-serviço-comunidade. São 270 vagas distribuídas de abril de 2025 a fevereiro de 2026, sendo divididas entre as modalidades. Cada estágio terá duração de um mês e os participantes vão contar com ajuda de custo para transporte, hospedagem e alimentação. Confira os locais das vagas por modalidade:

  • População do Campo, da Floresta e das Águas: Amazonas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco e Pará;
  • Povos Indígenas: Pará, Ceará e Mato Grosso;
  • Pessoas em Situação de Rua: Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo;
  • Pessoas Transgênero: Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo.

A ação representa o empenho do Ministério da Saúde para a efetivação e o fortalecimento da Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo, da Floresta e das Águas, Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas, Política Nacional para a População em Situação de Rua e Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.

Para mais informações, as pessoas interessadas podem entrar em contato pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.